27 de março de 2010


"Acordei hoje com tal nostalgia de ser feliz.
Eu nunca fui livre minha vida inteira.
Por dentro eu sempre me persegui.
Eu me tornei intolerável para mim mesma.
Vivo numa dualidade dilacerante.
Eu tenho uma aparente liberdade mas estou presa dentro de mim.
Eu queria uma liberdade olímpica.
Mas essa liberdade só é concedida aos seres imateriais.
Enquanto eu tiver corpo ele me submeterá às suas exigências.
Vejo a liberdade como uma forma de beleza e essa beleza me falta."


[Clarice Lispector]

Um comentário:

Anônimo disse...

"E se me achar esquisita me respeite, ate eu fui obrigada a me respeitar."
Clarice Lispector

http://viverdefantaisa.blogspot.com/

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